quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

RAUL PARA SEMPRE VIVO

 



Raul para sempre vivo é um livro com 66 páginas, composto por dois grandes poemas, concluídos por fatos e informações do momento e do depois da passagem do Rei do Rock brasileiro pelo planeta Terra.

São eles: Raul Seixas Entre Deus e o Diabo e Raul Seixas não Morreu. Estes dois textos cordelianos vão fazer você sonhar, viajar em mundos palpáveis e sobrenaturais, e para aguçar a imaginação de quem for ler essa histórias, o livro ainda tem a contemplação de três extraordinárias apresentações: uma de Jairo Ferreira, outra de Sylvio Passos e a última do escritor Mácio Catunda. Obra ilustrada por Cayman Moreira.

Costa Senna construiu com verdades, ficções, graças e belezas poéticas esta obra que você não deve deixar de ler e divulgar. 

Seguem estrofes inicias de Raul Seixas Entre Deus eo Diabo.


Oh! Deusa mãe dos poetas,

Mulher, luz do meu destino,

Acenda-me lucidez

Com o teu saber divino,

Sem reclamações e queixas,

Vou descrever Raul Seixas

Desde quando era menino.


Raul nasceu na Bahia,

Sonhando ser escritor.

Anos depois já brincava

De cantar e de compor.

Nosso roqueiro poeta

Abraçou a sua meta

De ser um grande cantor.


No ano quarenta e cinco,

Muita coisa acontecia:

A primeira bomba atômica

Em Hiroshima explodia;

Enquanto a guerra acabava,

Maria Eugênia “ganhava”

Raul Seixas, na Bahia.


(...).

Nordeste que gera teses,

De Padim Ciço Romão,

Jorge Amado, João Gilberto,

Riquezas desse torrão.

Por essa lenda infinita,

Nossa Maria Bonita

Viaja com Lampião.


Forró, cordel, candomblé,

Despacho, banho de cheiro,

Farinha, coco, algodão,

Povo afro-brasileiro.

Terra do bode e do gado;

Gente que guarda o legado

De Antônio Conselheiro.


Mais algumas de Raul Seixas Não Morreu.


Sozinho no apartamento

Buscando me concentrar,

A terrível depressão

Não me deixou meditar;

Tentando dela fugir,

Fui obrigado a sair

Sem destino a caminhar.


O sol sumia no céu

E eu entre a multidão,

Que tem bordada na cara

Mancha de decepção;

Eu solitário marchava,

Quase já não me lembrava

Da terrível depressão.


Andei a rua direita,

 O chá eu pude cruzar,

Depois da Itapetininga

A noite veio espreitar,

Como um escravo da sina

Fiquei parado na esquina,

Deixando o farol fechar.


(...).


Já na música “Aluga-se”,

Raul veio a confirmar,

Dizendo que a solução

Pro nosso povo ia dar.

Falou pra rapaziada:brasil

— “Nós não vamos pagar nada,

O negócio é alugar”.


Disse que negócio assim,

Nem em primeiro de abril

E que a única solução

Era alugar o Brasil.

Muito além de tudo isso,

Fez um grande um reboliço

Nesse país varonil.


Contatos com o autor:
Telefone e WhatsApp: (11)98419-7667